14/04 – Dia Mundial do Café – Socorro: de tour na plantação ao cafezinho na xícara

Café faz parte da história e da cultura da cidade

No Dia Mundial do Café, comemorado em 14 de abril, que tal unir café e turismo?  A Estância Hidromineral de Socorro – cidade turística localizada no Circuito das Águas Paulista e referência em aventura e ecoturismo – é o lugar ideal para esta conexão. Entre uma diversão e outra e lindas paisagens, a cidade oferece visitação no cafezal, café em pó, café em grãos, drinques, bebidas e o tradicional, tudo com muita história e cultura.

A dica é começar pelas plantações. A Fazenda 7 Senhoras Speciality Coffee, com mais de 100 anos de história, tem o Coffee Tour. São 365 hectares, 55 cultivados com mudas de café dos tipos Catuaí vermelho, Catuaí amarelo, Mundo Novo e Bourbon amarelo. Lá, o visitante conhece todas as etapas do processo de produção de um café especial, da planta até a xícara. Passa pela plantação, manejo de colheita, pós-colheita, centro de beneficiamento, classificação e torra. Para finalizar, o barista extrai o mesmo café em três métodos de preparo. A visitação dura cerca de 1h30. É necessário agendar com antecedência pelo site.

Preocupados com o meio ambiente, entre outras coisas, as cápsulas dos quatro tipos do café 7 Senhoras são biodegradáveis. Orgulham-se de, por duas vezes, serem primeiro lugar no concurso de cafés, do Circuito das Águas Paulista – em 2015 e 2016 – na modalidade cereja descascado. Os cafés estão à venda na própria fazenda, no site e em vários locais da cidade.

Outro lugar para conhecer todo o processo é o passeio guiado “do cafezal ao cafezinho”, dos Hotéis Fazenda Campo dos Sonhos e Parque dos Sonhos. São 40.000 pés de café que podem resultar em 50 toneladas/ ano dos cafés Catuaí Amarelo, Vermelho, Bourbon, Mundo Novo (Brasil). A torra é apenas com o café de qualidade, ou seja, o arábica. O Café do Campo em pó, em grão e em cápsulas (compatíveis com sistema Nespresso) é comercializado nas unidades da Rede dos Sonhos. Mas, enviam pelo correio. Com foco na sustentabilidade, a plantação é feita toda em curva de nível para manter a umidade do solo e diminuir a erosão.

No Sabores do Currupira são mais de 47 anos de dedicação, do plantio ao produto final. Tudo de forma artesanal e familiar e com a preservação da área de plantação – cerca de 2 hectares -, por meio do projeto agrofloresta, que promove a agricultura e a conservação das matas. Entre outras ações, não usam agrotóxicos. A propriedade rural – com capacidade de produção de 2 toneladas de café seco por ano – manufatura os cafés Mundo Novo e Catuaí amarelo e vermelho. E o processo produtivo é o arábica. São vendidos em pó ou em grãos no sítio e no quiosque próprio que fica no Horto Florestal; em ambos também é possível tomar o café coado na hora. Do café também fazem geleia, um sucesso entre os turistas, e uma cachaça.

Já no Rancho Pompéia, o café in natura de uma fazenda localizada no bairro Serrote, ganha personalidade com a torra artesanal (com Cadastro Estadual de Vigilância Sanitária), processamento e empacotamento. O café vendido na propriedade rural é moído na hora, mas também é comercializado em grãos. Ambos podem ser enviados pelos correios. No “café caipira”, entre os 20 itens, também é servido o bolo de café. É preciso agendar com antecedência.

O Serrote é um bairro com condições climáticas, solo e altitude que favorecem a produção de café de excelência. O café no Villa Empório também é de lá, de uma propriedade com mais de 100 anos de história e já na terceira geração da família. A plantação nos 20 hectares produz em torno de 2000 sacas anuais nas variedades Mundo Novo e Catuaí. Vendem o café em grão, em pó e também o Café da Roça, preparado no coador de pano, na hora e coado pelo próprio cliente. Mas, também tem o Macchiato, Capuccino, Café Gelado, entre outros.

Para beber

O café brasileiro ocupa lugar de destaque entre os melhores cafés do mundo e mistura-lo ao leite é um dos maiores costumes no Brasil. O Rock & Soul Music Bar adicionou a esta mistura outra bebida brasileira tradicional: a cachaça. Batizado de “Café brasileiro”, é servido gelado em uma bela taça com fundo de doce de leite, para que o cliente adoce a bebida a gosto.

Já o Empório Caipira oferece cafés especiais, frappês e milk shake, com a bebida, por exemplo.

Trilha Café trabalha exclusivamente com o café da Fazenda 7 Senhoras. Do simples café puro coado e expresso a bebidas com acompanhamento, são cerca de 20 opções. Destaque para o Cappuccino gelado com café, leite e chocolate 50% cacau e o Frappé com sorvete de leite, que pode acompanhar Nutella, Ovomaltine ou doce de leite argentino.

A cesta para piquenique do Parque Vale das Pedras, montada com produtos artesanais da cidade, também tem o café da Fazenda 7 Senhoras. Já no Chalés Santa Catarina o mesmo produto está no café da manhã, servido na varanda e degustado enquanto se aprecia uma bela paisagem.          

Chegada do café no Circuito das Águas Paulista

O café chegou à região de Campinas por volta de 1835. Encontrou excepcionais condições de clima e solo, além de uma condição socioeconômica em transformação, e atingiu as montanhas e vales do Circuito das Águas Paulista.

Com o fim da escravidão, o sistema de produção mudou muito e começam a desembarcar nas fazendas da região imigrantes do Norte da Itália, além de espanhóis, árabes e outras nacionalidades que buscavam oportunidades no Brasil e que foram acolhidos nessa região.

Em 1887, o imperador Dom Pedro II fundou o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que, até hoje, dá sustentação técnica à evolução do processo tecnológico do café para todas as regiões produtoras do Brasil.

Neste contexto socioeconômico, constituiu-se as bases para que a região do Circuito das Águas Paulista se consolidasse como uma região histórica de produção de cafés especiais.

As lavouras situam-se nas ramificações da Serra da Mantiqueira entre 850 a 1350 m de altitude, com clima ameno de montanha.

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